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O segredo dos que nunca desistem: por que sua mente mente sobre o cansaço
Estudos revelam que, quando você acredita estar exausto, ainda há 60% de energia restante para explorar
Você trabalhou duro. O dia foi longo, mental e fisicamente desgastante. E, ao final, alguém lhe oferece mil dólares para continuar mais 10 minutos. Subitamente, você consegue. O que mudou? Apenas a percepção.
A explicação para esse fenômeno não está apenas na força de vontade, mas em um insight cada vez mais validado por cientistas e atletas de alta performance: a exaustão é uma decisão, não uma condição absoluta.
O “Regra dos 40%” e o mito do esgotamento
Popularizado pelo ex-Navy SEAL David Goggins, o conceito da “Regra dos 40%” afirma que, quando sentimos que chegamos ao nosso limite, na verdade só utilizamos cerca de 40% da nossa capacidade. O restante está disponível — se soubermos como acessá-lo.
Esse não é apenas um mantra motivacional. Uma nova pesquisa publicada no Journal of Neuroscience identificou duas áreas cerebrais associadas à fadiga: o córtex pré-frontal dorsolateral (ligado à memória operacional) e a ínsula direita (relacionada à percepção do cansaço). Juntas, essas regiões são responsáveis por “decidir” quando parar — muitas vezes, bem antes da necessidade real.
O papel da recompensa e da percepção de tempo
O estudo também mostrou que a disposição em continuar uma tarefa mentalmente exigente está diretamente ligada à percepção de benefício. Quanto mais cansado o indivíduo, maior a recompensa necessária para que ele se engaje novamente — mas ainda assim, ele consegue. Ou seja: o esgotamento não impede a ação; apenas reduz a motivação sem um propósito claro.
Um outro estudo, publicado na PLoS One, reforça essa ideia com base em testes físicos. Participantes que pedalaram até a exaustão por 12 minutos ainda conseguiram triplicar sua potência em um teste de cinco segundos logo após. Os músculos não haviam falhado. Foi a mente que apertou o freio.
Como enganar seu cérebro (para o bem)
Essas descobertas oferecem lições práticas valiosas. Se você está prestes a desistir de uma tarefa difícil, experimente dois ajustes simples:
- Redefina seu “porquê”: objetivos significativos — como melhorar a saúde para ter mais tempo com a família — têm maior poder de sustentação que metas superficiais, como perder peso para o verão.
- Estabeleça limites de tempo curtos e definidos: tarefas com final previsível ativam reservas de energia que seriam inacessíveis sob a sensação de esforço indefinido.
A mente não precisa de promessas grandiosas. Precisa de direção e de um sentido claro de propósito.
Disciplina é treinável — e começa pela consciência
A habilidade de resistir à fadiga, portanto, não é dom exclusivo de ultramaratonistas ou executivos workaholics. É uma competência que pode ser desenvolvida. Requer mais do que determinação: exige compreensão do funcionamento do próprio cérebro.
Quando a exaustão chegar, lembre-se: talvez você não esteja cansado de fato. Talvez apenas tenha esquecido o porquê de continuar.
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